Herói Nacional, Poeta Maior, 1 Presidente de Angola, António Agostinho Neto |
Hoje 17 de Setembro de 2016, António Agostinho Neto, primeiro presidente de Angola completaria 94 anos de sabedoria.
Penso que não é necessário falar-vos sobre a história, sua vida e suas obras, pois nós fomos aprendendo e continuamos a aprender com os anos.
Em homenagem ao Poeta Maior, o para além dos livros, seleccionou 3 poemas de Agostinho Neto. Eis eles:
DE SAGRADA ESPERANÇA
Não me peças sorrisos
Não me exijas glórias
que ainda transpiro
os ais
dos feridos nas batalhas
que ainda transpiro
os ais
dos feridos nas batalhas
Não me exijas glórias
que sou eu o soldado desconhecido
da humanidade
As honras cabem aos generais
A minha glória
é tudo o que padeço
e que sofri
Os meus sorrisos
tudo o que chorei
Nem sorrisos nem glória
Apenas um rosto duro
de quem constrói a estrada
pedra após pedra
em terreno difícil
Um rosto triste
pelo tanto esforço perdido
- o esforço dos tenazes que se cansam
á tarde
depois do trabalho
Uma cabeça sem louros
porque não me encontro por ora
no catálogo das glórias humanas
Não me descobri na vida
e selvas desbravadas
escondem os caminhos
por que hei-de passar
Mas hei-de encontrá-los
e segui-los
seja qual for o preço
Então
num novo catálogo
mostrar-te-ei o meu rosto
coroado de ramos de palmeira
E terei para ti
os sorrisos que me pedes.
DE AMANHECER
Docemente
Num dia em que um sorriso
me pareceu amor.
Eu acredito no amor.
Um sol nasceu num dia qualquer
Dia de amor
Dia de alegria
E todas as aves cantaram no céu
Esse dia alegre de amor.
Um ser de andar leve sorriu
Sorriu para mim
Sorriu para o meu mundo
E todas as portas do optimismo se abriram
Nesse doce sorriso de amor.
Duas mãos se apertaram confiantes
Dois caminhos fundidos
Um Desejo em dois desejos
E todo o Universo se condensou
No sentir das mãos unidas em amor.
Docemente o sol nasceu
Docemente o amor brilhou
E o mundo
Se tornou também o nosso mundo.
DE SAGRADA ESPERANÇA
Havemos de voltar
Às casas, às nossos lavras
às praias, aos nossos campos
havemos de voltar
às praias, aos nossos campos
havemos de voltar
Às nossos terras
vermelhas de café
brancas de algodão
verdes dos milharais
havemos de voltar
às nossas minas de diamantes
ouro, cobre, de petróleo
havemos de voltar
Aos nossos rios, nossos lagos
às montanhas, às florestas
havemos de voltar
À frescura da mulemba
às nossas tradições
aos ritmos e às fogueiras
havemos de voltar
À marimba e ao quissangue
ao nosso carnaval
havemos de voltar
À bela pátria angolana
nossa terra, nossa mãe
havemos de voltar
Havemos de voltar
À Angola libertada
Angola independente
Por hoje é tudo, a Equipa Para Além Dos Livros deseja à todos um feliz dia do herói nacional. Não se esqueçam de visitar as nossas redes sociais, e de dar uma passada na Fundação António Agostinho Neto. Beijinhos e até a próxima.
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