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sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Os Transparentes


Olá, pessoal. Tudo bem com vocês ? Hoje venho falar-vos da minha próxima leitura "Os Transparentes", livro de Ondjaki, confesso que o coloquei de lado diversas vezes, pois já o tenho à mais de dois meses.
Pretendo resenha-lo quando terminar de lê-lo então deixo-vos com um cheirinho.



Ondjaki, o escritor angolano já bem conhecido do público por obras como o assobiador (2002), quantas madrugadas tem a noite (2004), os da minha rua(2007), AvóDezanove e o segredo do soviético(2008), entre outros títulos, sempre colocou Angola, e em particular Luanda, de onde é natural, no centro da sua escrita. 
Com o presente romance, de novo aparece Luanda - a Luanda atual do pós-guerra, das especificidades do seu regime democrático, do «progresso», dos grandes negócios, do «desenrasca» - como pano de fundo de uma história que é um prodígio da imaginação e um retrato social de uma riqueza surpreendente. 




Combinando com rara mestria os registos lírico, humorístico e sarcástico, os transparentes dá vida a uma vasta galeria de personagens onde encontramos todos os grupos sociais, intercalando magníficos diálogos com sugestivas descrições da cidade degradada e moderna.
A história do homem transparente e do prédio onde vive está marcada por um delicioso registo humorístico, por vezes irónico, que se constitui como contraponto às acutilantes denúncias da degradação social e à visão amarga da vida na capita
O que capta Ondjaki nas descrições, nos diálogos, na definição das personagens, no lindíssimo português de Angola, cheio de empréstimos do kimbundu, do brasileiro […], do inglês, enriquecido pelas corruptelas da oralidade […] sempre em perpétua mudança e com a capacidade de nos desconcertar a cada momento […] é Luanda; a Luanda que quem lá vive ou viveu recentemente reconhece e que com este livro ficará registada para memória futura. […]
[este livro leva] Ondjaki para os lugares mais altos da literatura angolana. Onde está Luandino Vieira, onde está Pepetela, onde está José Eduardo Agualusa, brilha agora com intensidade Ondjaki.»



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